terça-feira, 29 de novembro de 2011

não é mais antes, completo de si mesmo.
a falta existe, o receio consome a coragem e a impulsão.
o choro lava e também leva tudo isso aí..

o calor da mão aqui junto
o peito no outro aqui apertado
a umidade dos lábios quase longes
a ansiedade do não encontrar
aquela voz aqui, sensata e presente..
a palavra certa, por vez na hora errada
a hora certa, a atitude errada..

aquelas frases furam, palavras picam
pé no chão que lhe corta feito navalha..
mas pé no chão, cravados e pesados.
me sinto o chão, agora, com esses pés no meu peito

arrependimento é fraqueza! não é isso q te consome.
a fraqueza além dessa é não olhar pra si..

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lembrando dos primeiros posts
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a gente rotula, pra entender o que acontece
e acaba entendendo errado, pq é pra isso q serve.
a gente nasce pra sofrer, pq uma porta não sofre,
nem nasce, não pensa. "mas é chato ser porta"...
se vc fosse uma, nao pensaria o quanto é chato.
a questão é saber que existe outra coisa, a porta, ou
outra pessoa, que não sofre enquanto vc o faz..

nostalgia maldita.. nostalgia: parece mais nome de doença, que é!

você quer. QUER SIM! tudo de volta...
mas não quer mais sofrer..

virando a cabeça, ali pra trás, você vê que a erva daninha germinou daquilo que não é exatamente o motivo dela ter aparecido. você vê que podia ter limpado a terra do peito pra se msotrar de verdade. agora você ve que não precisava sentir inveja, nem ciumes, nem raiva. pq na verdade vc não sentiu nada disso. só quis sentir, pra ilustrar. de tanto querer, convenceu.

o virador de pás aqui ligado do lado, trazendo esse son zinho contínuo que esfria o ar em volta de si mesmo, só de movimentá-lo. quero ser ele, ou essa porta.

a cama tem pregos! o travesseiro tá em chamas!
o carro tá vazio, o lugar está frio. o seu corpo não toca mais o dele..
a estrada é mais feia, o silencio é mais cinza.. a dor é aguda..
ainda mais quando ela se lembra de q é tudo verdade.
de que foi tudo verdade. de que foi.

uma música, um nome, uma carta grudada,
um concerto, uma praia, um filme, um estado, uma época,
um tênis, um carro, um livro lhe escorre os olhos..
e é agora tudo ridículo ao olhar alheio dele,
pq não tem mais valor, porque é exagero,
pq você estragou, porque você se torturou..

porque é feito daquilo que ele não tem mais......



se isso fosse lido, não teria valor algum!
já não toca, já não mexe, já não embaralha
o pranto não emociona. a emoção não cativa
as palavras caem, atnes de chegar nele
a impotência já reina...

isso tudo é feito de exageros.. mas o que é o choro se não o exagero de líquido nos olhos? essa água salgada que brota no canto dos olhos, seca.. as feridas bobas também. o tempo passa e os motivos lhe dão força. mas as coisas boas sempre vão ter existido. o tesão inquieta, o seu peito pede, a pele grita, o espaço vazio pede pra ser ocupado, o tempo espera pra ser passado, os ouvidos sofrem sem ouvir..

inquieto-me aqui, agora.
eu ao meu peito. o peito à cabeça.

quero coragem de assumir as realidades.
quero coragem de continuar.
quero coragem dele.
...quero ele...


[ai... isso não faria o menor sentido, se lido, eu acho... não alcançaria nem os pés da pulga anã.. mas faz pra mim agora... não queria =( ]